quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Reunião dia 6 de Outubro para lutar contra a precariedade

A verdade da boca de quem anda a lucrar com tudo o que nos tiram

Editorial PrecariAcções 3

Todos à rua!

O Governo PSD/CDS vem continuando as políticas iniciadas pelo Governo anterior de PS/Sócrates. No inicio do mês de Setembro o Governo voltou a anunciar mais austeridade para os trabalhadores e o povo português.Para o novo Orçamento de Estado 2012 estão previstos novos cortes na saúde, educação e segurança social, numa verba total superior a 1.520 milhões de euros. 

É na saúde que os cortes são mais profundos, atingindo 810 milhões de euros (10% do Orçamento do Ministério!). Este valor vai implicar um aumento significativo das taxas moderadoras bem como a redução de custos inerentes ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde. Estas medidas vão deteriorar a qualidade do mesmo e aumentar os encargos económicos da famílias.

Na educação, o corte irá ser de 500 milhões à custa do encerramento de escolas e despedimento de ainda mais trabalhadores (docentes e não docentes). Isto vem destruir ainda mais o sistema público de ensino. De referir que 114 milhões vão ser cortados directamente do Orçamento para o Ensino Superior, que se traduzirá num brutal aumento de propinas e a uma ainda maior dificuldade de acesso a bolsas de estudo, tornando-se extraordinariamente complicado meter os nossos filhos a estudar.

Na segurança social os cortes chegam aos 200 milhões, traduzindo-se numa redução no rendimento social de inserção e no subsídio de desemprego (valor e duração do mesmo).


Estas medidas não vêm isoladas, o aumento do IVA do gás e da electricidade de 6 para 23%, que para o Governo deixaram de ser bens de primeira necessidade, e o corte no subsídio de Natal, vão sobrecarregar o orçamento familiar a níveis incomportáveis. Toda esta austeridade para quê? Dizem-nos que é para pagar a dívida, no entanto esta não foi contraída por nós e sim pela injecção de capitais públicos na banca, pelas Parcerias Publico-Privadas e pela corrupção.

Vemos o exemplo da Grécia em que as medidas de austeridade atingiram níveis sem precedentes, e os resultados estão à vista: recessão económica; aumento do desemprego e da pobreza.  No entanto, os juros da dívida grega continuam a aumentar, atingindo valores históricos na ordem dos 75% e com tendência para subir ainda mais!

Fartos de austeridade e da pobreza a que nos submetem, saiamos à rua nos próximos dias 1 e 15 para reclamarmos as nossas vidas!