terça-feira, 22 de novembro de 2011

Editorial PrecariAcções 5

Editorial
Todos para a rua! Greve Geral!
Avizinham-se tempos difíceis para o povo português. Em 2012 vão entrar em força todas as medidas de austeridade previstas para nos “salvar da crise”. Mesmo as pessoas mais desatentas às notícias têm já consciência que a situação só vai piorar. O próprio Governo já veio a público admitir as consequências de toda esta austeridade: aumento do desemprego para 13,6%; diminuição do poder de compra em 4,8% e contracção da economia em 2,8%. De acordo com a nossa experiência, estas previsões do Governo ficam sempre aquém, pela negativa, daquilo que realmente se irá passar. Temos o exemplo da Grécia que também recebeu “ajuda” da troika a troco de muita austeridade, assim como o memorando acordado em Portugal prevê. Vejamos o resultado de tais políticas: diminuição em 5 anos na esperança média de vida devido aos cortes na saúde; preços de bens essenciais a disparar, os quais eram semelhantes aos de Portugal antes da crise (agora um litro de leite custa em média 1,40€, uma dúzia de ovos 3,40€ e contas de casa para um mês em média 100€); e já falam em abolir o valor do salário mínimo, isto é, deixar o patrão pagar aquilo que quiser pelo nosso trabalho!
Este é o futuro que nos espera se continuarmos a deixar que nos imponham tais condições, desviando o nosso dinheiro para pagar a dívida soberana. Enquanto continuarmos a pagá-la não haverá dinheiro para saúde, educação ou criação de emprego e rapidamente o buraco grego será o nosso também.
Não podemos continuar impávidos e serenos sabendo que estamos a ser roubados todos os dias! Roubados nos impostos, roubados nos subsídios, roubados dos nossos serviços públicos, roubados das nossas vidas, das nossas liberdades e dos nossos direitos!
Há que sair à rua e gritar! Há que lutar contra a austeridade!
DIA 24 FAZ GREVE! SAI À RUA E FAZ-TE OUVIR!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Quanto ganha um Apple Advisor em Cork?

Quem ainda tinha dúvidas pode deixar de as ter.
Proposta de trabalho para Advisor Apple em Cork:
Salário: 23.000€ p/ano
Fazendo as contas -> 23.000/14 = 1619.666666... p/mês!!!


Vejam por vós próprios.



quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Reunião dia 6 de Outubro para lutar contra a precariedade

A verdade da boca de quem anda a lucrar com tudo o que nos tiram

Editorial PrecariAcções 3

Todos à rua!

O Governo PSD/CDS vem continuando as políticas iniciadas pelo Governo anterior de PS/Sócrates. No inicio do mês de Setembro o Governo voltou a anunciar mais austeridade para os trabalhadores e o povo português.Para o novo Orçamento de Estado 2012 estão previstos novos cortes na saúde, educação e segurança social, numa verba total superior a 1.520 milhões de euros. 

É na saúde que os cortes são mais profundos, atingindo 810 milhões de euros (10% do Orçamento do Ministério!). Este valor vai implicar um aumento significativo das taxas moderadoras bem como a redução de custos inerentes ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde. Estas medidas vão deteriorar a qualidade do mesmo e aumentar os encargos económicos da famílias.

Na educação, o corte irá ser de 500 milhões à custa do encerramento de escolas e despedimento de ainda mais trabalhadores (docentes e não docentes). Isto vem destruir ainda mais o sistema público de ensino. De referir que 114 milhões vão ser cortados directamente do Orçamento para o Ensino Superior, que se traduzirá num brutal aumento de propinas e a uma ainda maior dificuldade de acesso a bolsas de estudo, tornando-se extraordinariamente complicado meter os nossos filhos a estudar.

Na segurança social os cortes chegam aos 200 milhões, traduzindo-se numa redução no rendimento social de inserção e no subsídio de desemprego (valor e duração do mesmo).


Estas medidas não vêm isoladas, o aumento do IVA do gás e da electricidade de 6 para 23%, que para o Governo deixaram de ser bens de primeira necessidade, e o corte no subsídio de Natal, vão sobrecarregar o orçamento familiar a níveis incomportáveis. Toda esta austeridade para quê? Dizem-nos que é para pagar a dívida, no entanto esta não foi contraída por nós e sim pela injecção de capitais públicos na banca, pelas Parcerias Publico-Privadas e pela corrupção.

Vemos o exemplo da Grécia em que as medidas de austeridade atingiram níveis sem precedentes, e os resultados estão à vista: recessão económica; aumento do desemprego e da pobreza.  No entanto, os juros da dívida grega continuam a aumentar, atingindo valores históricos na ordem dos 75% e com tendência para subir ainda mais!

Fartos de austeridade e da pobreza a que nos submetem, saiamos à rua nos próximos dias 1 e 15 para reclamarmos as nossas vidas!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Editorial PrecariAcções 2

Solução? Suspensão! 

O Governo PSD/CDS anunciou as primeiras medidas de “combate à crise”. Como era de esperar estas medidas vão de encontro aos anseios da burguesia internacional. Passos Coelho surge como um mero porta-voz do plano que a troika quer impor ao povo Português. O anúncio do corte de subsídio de Natal para todos os trabalhadores evidenciou que o programa do PSD/CDS em nada se diferencia da agenda neo-liberal que caracterizou o Governo Sócrates que levou o país à ruína. As políticas são as mesmas e a forma também. 

A difícil relação com a verdade também une Passos Coelho e Sócrates. Relembramos que poucos meses antes de Passos Coelho assumir a presidência do Governo, tinha dito, taxativamente, que não cortaria o subsídio de Natal, dizendo inclusive que era um “disparate”. Esta medida está englobada num plano de austeridade que irá aumentar os preços da electricidade, da água, do IVA, alterar o código laboral facilitando os despedimentos, reduzir o tempo (de 24 meses para 18) e o valor do subsídio de desemprego. Estas medidas, ao contrário do que nos dizem, não são para todos nem para salvar o País. Então vejamos: a redução da taxa social única irá permitir ao patronato descontar menos para a segurança social, deteriorando desta forma o que resta do estado social. 

A banca recebeu esta crise como uma bênção - em 2010 pagou menos 63% de IRC! Todas estas medidas são-nos impostas com a justificação da dívida. Mas afinal quem criou esta dívida? Foram os trabalhadores? Os reformados? Os desempregados? Não, quem criou esta dívida são os mesmos que estão a ganhar com o pagamento desta. A dívida deve-se fundamentalmente ao dinheiro que o estado “enterrou” nas parcerias público privadas, ao capital injectado na banca para salvar a gestão ruinosa destas instituições e às verbas pagas à segurança social para cobrir as dívidas do patronato.   Fartos de sacrifícios de uma dívida que não é nossa, exigimos a suspensão do pagamento!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Editorial PrecariAcções 1

No dia 5 de Junho muitos de nós suspiramos por ver, finalmente, o PS/Sócrates fora do comando do País. Os 6 anos deste Governo trouxeram-nos aumento do desemprego, redução de salários e cortes nas pensões que conduziram a um retrocesso a nossa qualidade de vida.A derrota do Governo PS foi a demonstração que os eleitores estavam fartos de ser constantemente penalizados pelas sucessivas políticas implementadas por este Governo. Este descontentamento levou à vitória do PSD que irá emparelhar com o CDS para formar um Governo de maioria absoluta, Governo esse que não resolverá os nossos problemas. Os seus intérpretes apoiaram as políticas dos PEC´S do Governo PS/Sócrates e assinaram o acordo com o FMI que resultará em mais precariedade, desemprego e miséria. 
A vitória da direita reflectir-se-à duramente na realidade das nossas vidas e a esquerda esteve aquém das suas possibilidades. O momento exigia uma convergência do PCP e do BE que se pudesse afirmar como uma alternativa governativa para todo o povo farto de apertar o cinto, com o pretexto de pagarmos uma dívida que não nos pertence. O caminho que os senhores do FMI, dóceis representantes da burguesia, nos querem impor tem sido devastador para o povo grego. Hoje a economia grega encontra-se totalmente paralisada, o desemprego cifra-se num valor recorde de 16%, os salários descem, os benefícios sociais são cortados e as empresas públicas vão sendo privatizadas. 
O futuro das nossas vidas será decidido nas ruas. São necessárias novas greves maciças como a do fim do ano 2010 e novas manifestações como o 12 de Março que invadiram as ruas das nossas cidades. Devemos exigir a suspensão da dívida como fez o povo islandês e lutar por uma democracia verdadeira como fazem milhares de activistas acampados em diversas cidades Ibéricas. Exijamos a uma só voz uma alternativa às politicas de austeridade que têm martirizado o povo trabalhador europeu. Todos juntos podemos vencer a troika e os seus aliados nacionais: PS, PSD e CDS!