sexta-feira, 4 de maio de 2012

Editorial do Precariacçoes 9

O que aí vem ...

Já estamos fartos de ouvir falar de austeridade, cortes e crise. O Governo mente-nos descaradamente todos os dias para nos fazer crer que com estas medidas que representam a maior perda de qualidade de vida dos últimos 50 anos, o país vai recuperar. Mente ainda quando diz que o pior já passou e que Portugal já está próximo do fim desta crise. A verdade é que o Governo anda a privatizar os transportes, água, educação e saúde para continuar a engordar os bancos e grandes empresas. Temos, ainda, o pagamento da dívida publica que, ao contrario do que também dizem, não é consequência de termos vivido acima das nossas possibilidades, mas sim por causa do buraco das parcerias público privadas e por a banca ter transferido as suas dívidas para o Estado quando este injectou rios de dinheiro nos bancos para tapar as suas falcatruas. Toda esta dívida é obscura e mal explicada e apenas duas coisas sobre ela são certas: 1- não foi o povo trabalhador que criou esta dívida mas sim aqueles que agora estão a lucrar com ela. 2- quem a paga somos nós com a perda de qualidade de vida e aumento generalizado de desemprego, pobreza, fome e miséria. Esta tendência veio para ficar, os sinais que vêm de outros países não é animador, a Espanha está cada vez mais próxima de pedir ajuda externa, a Grécia está cada vez mais próxima do default (a falência do país). A tendência dos países periféricos é piorar, a austeridade vai trazer ainda mais recessão  enquanto o Governo e a oposição tomam um papel de total submissão a uma dívida injusta e imoral e a uma União Europeia que não é dos povos mas sim do grande capital Alemão e Francês. 
É urgente a suspensão imediata do pagamento da dívida para que se possa usar o dinheiro para criar emprego e ter serviços públicos acessíveis e de qualidade.

Auditoria à dívida para se ver realmente quem deve e quanto.

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