quinta-feira, 31 de maio de 2012

Editorial do Precariações 10

Euro-Austeridade

As recentes alterações ao código do trabalho são o continuar de uma guerra social que os Governos PS e PSD/CDS declararam aos trabalhadores portugueses. Esta ofensiva constante sobre os direitos de quem trabalha e sobre os mais desfavorecidos corresponde àquilo que a troika ditou para o nosso país e tem como principais consequências o empobrecimento generalizado e o aumento galopante do desemprego. A austeridade é usada um pouco por toda a Europa como receita para a crise apesar de ao olhar atentamente para a Grécia, tal como cá, ser flagrante o flagelo provocado por estas medidas que, além de não criarem emprego, aumentam o número de desempregados já existente. É devido à miséria crescente em que a austeridade afunda as populações que a esquerda anti troika começa a ter alguma expressão em alguns países europeus como a Grécia e a França. As eleições legislativas realizadas no dia 6 de Maio na Grécia foram um verdadeiro terremoto político e deitaram abaixo a coligação entre a direita (Nova Democracia) e a social-democracia tradicional (Partido Socialista Pan Helênico - Pasok) que se revezaram no poder nos últimos anos e ultimamente governavam juntos o país como fiadores das medidas de austeridade impostas pela União Europeia e FMI. No caso Francês assistimos, tal como na Grécia, ao repúdio por parte da população a quem tem governado os seus países aplicando planos de austeridade e a um crescer de sectores que se posicionam contra a troika como é o caso do candidato Jean Luc Mèlenchon. É à escala europeia que esta guerra social é feita contra os povos e é também a nível europeu que uma resposta tem de ser dada pela juventude, trabalhadores, reformados e desempregados por essa continente fora, para de uma vez por todas se possa quebrar o ciclo de austeridade que gera mais desemprego, mais pobreza, mais miséria e ainda mais austeridade

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