terça-feira, 31 de julho de 2012

Editorial do Precariações 12

Oh Relvas, oh relvas, trapalhada à vista

Miguel Relvas, ministro-adjunto e braço direito de Passos Coelho nas políticas de austeridade que têm destruído a economia portuguesa, tem estado em destaque nos últimos tempos quer pela sua conduta como governante, quer pelo seu, suposto, passado académico. Este senhor que recentemente esteve envolvido no caso das “secretas”, suspeito de ter instrumentalizado os serviços secretos e ameaçado jornalistas, tirou a sua licenciatura apenas num ano, beneficiando de 34 equivalências. Passos Coelho que tanto se bateu contra as “Novas Oportunidades”, por estas serem uma “credenciação à ignorância” tem como braço direito alguém que tirou a sua licenciatura em apenas um ano. No meio destas trapalhadas, o Tribunal Constitucional (TC) declara inconstitucional os cortes de subsídios aos funcionários públicos por estes violarem o princípio de igualdade. Ou seja, com esta decisão, o TC dá a oportunidade ao Governo para alargar estes cortes ao sector privado. Como se não bastasse esta mãozinha à camarilha do governo PSD/CDS, o TC determina que, apesar de inconstitucionais, os cortes prevalecem este ano. Clarificando: são inconstitucionais mas o acordo com a Troika e os interesses da banca prevalecem sobre a constituição. O TC com esta posição demonstrou, inequivocamente, que a justiça que temos só serve para proteger os ricos e poderosos. O Povo, que alguns querem sereno, está farto! Demonstra-o sempre que pode, vaiando Passos Coelho e os seus ministros nas suas passeatas pelo país que vendeu à Troika. No nosso distrito, em Braga, Passos Coelho conseguiu recentemente escapar à ira popular, entrando na Bosch por uma porta lateral e fugindo do centro da cidade com manobras de evasão. Passos Coelho tem medo, conhece a história, sabe como caem estes governos: na rua. É necessário limpar esta bandalha que nos governa, criar uma unidade de esquerda, alicerçada num programa que rompa com a austeridade, suspenda o pagamento desta dívida que só serve a banca, e retome a economia para devolver a vida digna ao povo. 

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