terça-feira, 11 de setembro de 2012

Editorial do Precariacções 13

A crise não vai de férias

Em Portugal faliram, desde o inicio do ano até Junho, 2698 empresas, o que significa um aumento de 48% face ao anterior período. Esta é uma das faces da destruição que este governo tem levado a cabo na economia portuguesa. Mas este não é um fenómeno isolado, os governos de Portugal, Espanha, Itália, Grécia têm sistematicamente devastado as economias dos seus próprios países com consequências sociais que todos sentimos na pele e com tendência a piorar. O facto é que independentemente do país, do partido que governe e das capacidades das pessoas que os encabecem, o resultado é sempre o mesmo. Porque? Porque as medidas são sempre as mesmas. Corte nos salários, apoios sociais,serviços públicos, privatizações de empresas centrais do estado e e endividamento do estado pelos apoios dado às instituições bancárias. Estas medidas de cortar em quem trabalha para dar aos bancos criam como é óbvio desemprego generalizado e aumento da pobreza bem como a injecção de capital por parte do governo na Banca faz com que haja  um aumento brutal na divida pública. No fim de contas tiram a quem trabalha para atirar ao buraco do sistema financeiro. Alguns podem perguntar porque um governo destrói de forma sistemática, a economia do seu próprio país, ou mesmo porque é que os governos dos países periféricos da Europa têm todos levado a cabo este programa. Mais uma vez os factos mostram o que realmente se passa. Todo o dinheiro que se retira aos trabalhadores destes países através dos cortes é canalizado para a banca alemã e francesa através da dívida, permitindo que os lucros fabulosos se façam à custa dos povos dos países periféricos. Hoje a dívida estrangula a nossa economia, gasta-se mais na dívida do que na saúde e na educação. Temos de parar este roubo descarado e para que isso aconteça é preciso  suspender imediatamente o pagamento da dívida e fazer uma auditoria que esclareça quanto se deve e a quem se deve. 

Nâo pode ser quem trabalha a pagar uma dívida que não contraiu.

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